quinta-feira, 29 de março de 2012

Lendas de Jaguarão!!!!

UM ANJO VESTIDO DE VERMELHO

A consagrada fotógrafa Marilu Duarte, fotografou vários túmulos e mausoléus do cemitério das irmandades, na foto do túmulo que tem dois anjinhos de mármore branco e outro vermelho. Ela mostrou para várias pessoas e mandou para apreciação das carismáticas que aconselharam queimar aquela foto.
Um menino de uns 7 ou 8 anos presenciou um velório noturno no cemitério, criando coragem e indo com alguns amigos. No momento do enterro ele seguiu o cortejo, entretanto, as pessoas que estavam junto com ele já haviam saído e tinham ultrapassado o túmulo dos anjinhos. Como ele avistava o público, correu para alcançá-los, mas ao enfrentar os anjinhos, voltou dizendo que tinha visto o diabo todo de vermelho.
Um jovem que morava na Rua Uruguai nas proximidades onde hoje está o prédio do Fórum, trabalhava de pintor de casas, mas seguidamente chamavam-no para pinturas no cemitério. Certa vez ele viu uma foto de uma moça num túmulo e se encantou pela beleza da mesma. Ele morava com os pais. Numa noite, bateram em sua casa, ele foi atender e era uma moça parecida com a que ele havia visto convidando-o para passear. Como era metido a valente, aceitou o convite. Deram um passeio e na hora de levá-la em casa ele seguiu na direção do cemitério. Ele, embriagado pela paixão, aceitou o desafio, levou-a até sua morada, no túmulo que havia visto. A partir daí, passou a visitá-la todas as noites, ao ponto de ficar muitas vezes por lá. Os amigos iam buscá-lo antes do amanhecer.
Ao passar as noites mal dormidas ao relento, ficou fraco e terminou sendo internado e morreu.
Muitos conheciam essa moça, ela foi noiva, se matou e foi enterrada com o vestido de noiva. Os amigos que estão vivos contam essa história, que é verdadeira.


A FLOR NO TÚMULO

Sempre que ouvimos falar de alguma história de mistério ou “do além”, paira a dúvida de que pode ser ou não verdadeiro o fato. E foi numa dessas histórias, contadas por nossos antepassados, que um grupo de jovens resolveu conferir de perto, ou seja, reviver a história, presentes no verdadeiro cenário – um cemitério de beira de estrada. Vamos ao fato.

Em uma roda de chimarrão, rodeados pela luz de um lampião e do luar em noite de lua cheia, que uma das senhoras, contou uma história horripilante. Ela começa assim:
Em um abandonado cemitério de beira de estrada de chão que liga os municípios de Jaguarão e Herval, aparecia uma mulher vestida de branco, de aparência jovem e tranqüila, que geralmente nas noites de quinta-feira, trazia consigo um bonito botão de rosa vermelha e o depositava em um dos túmulos do cemitério e desaparecia misteriosamente. Esse gesto era repetido várias vezes durante o mês e visto, segundo o relato de algumas testemunhas oculares.
A gurizada que se reunia para apreciar as histórias contadas pelos antigos resolveu conferir pessoalmente e tirar suas próprias conclusões.
O grupo, formado por duas meninas e um menino, se preparou munido de barraca, lampião, lanterna e máquina fotográfica, entrou no cemitério e permaneceu até o relógio marcar meia-noite. Os três jovens se posicionaram em frente o referido túmulo, no qual a mulher aparecia. O relógio marcava duas horas e 15 minutos e nenhuma presença estranha fora observada. Então o grupo resolveu se dividir, as meninas ficavam no portão do cemitério e o rapaz em frente ao referido túmulo e assim o fizeram. Quando o relógio marcava três horas da manhã de quinta feira, o rapaz sentiu um intenso frio naquele lugar e um nevoeiro tomou conta do cemitério, que não era possível avistar as meninas no portão, então ele gritou pelas companheiras, mas nenhuma resposta, então resolveu abandonar o macabro lugar, haja vista que o medo tomava conta do rapaz. Saiu em direção ao portão do cemitério e avistou as duas meninas. Chegando lá ficou irritado, pois chamou pelas meninas e não obteve resposta, elas alegaram que não ouviram chamado nenhum. Os três resolveram esperar o dia amanhecer (pois estavam em missão e não pretendiam abandonar o local) e quando o sol despontou, decidiram ir ao misterioso túmulo e lá encontraram um lindo botão de rosa vermelha depositado em cima do mausoléu, então fixaram os olhos para o retrato do jazigo e compararam a foto com a descrição contada pela velha senhora na roda de chimarrão. Tratava-se de uma linda jovem, aparentando uns 20 anos de idade e um expressivo sorriso nos lábios. Antigos moradores das redondezas do cemitério contam que ali fora enterrada uma jovem vítima de um acidente de carro e que no seu enterro, poucas pessoas se fizeram presentes (apenas os familiares mais íntimos) e que não se lembraram de levar nenhuma flor para ser depositada em seu túmulo.


O LOBISOMEM DO CAPÃO REÚNO

Capão Reúno é um pequeno bosque de eucaliptos a mais ou menos dez quilômetros da cidade, fundos do estabelecimento do Dr. Jorge Abel Neto e do outro lado fica o campo de João Alberto Pinto Bandeira com mata nativa que também pertence ao passo do Capão Reúno. Esse campo é parte da Fazenda da Luz do extinto Vasco Pinto Bandeira Filho. Fazenda da Luz era assim chamado porque no local aparece uma luz estranha que o Bandeira e o cabo Feijó aposentado da brigada, viram essa centenária luz.
Diz o Bandeira que sempre ouviu falar pelos antigos moradores, que naquele lugar degolaram muita gente no tempo das revoluções no início do século passado. Porque Capão Reúno? Porque naqueles campos invernavam os cavalos do exército, conhecidos como Reúnos. O pavor era generalizado entre o pessoal da campanha sobre as assombrações do capão Reúno. Contavam que ao passar de carroça ou a cavalo, sempre viam um animal preto parecido com cachorro mas do tamanho de um terneiro com 1 metro de altura e que avançava nos que passassem por ali. Alguns que desconhecessem a fama do local ou por ter quebrado a carroça ou outro problema qualquer e que tenham deixado os cavalos encilhados estes eram desencilhados misteriosamente. Outro caso se sabe é um conto de caçadores que a meia noite se ouve uns uivos muito fortes e avistam um animal preto que obriga qualquer valentão disparar desesperadamente. Deram tiros e o animal não recuou nem mostrou medo, demonstrando ser diferente de qualquer outro animal que normalmente foge de estampidos dos foguetes ou arma de fogo.


NEGRO RASTILHO

Na época da década de 40, comentavam que o Rastilho era um andarilho pelos campos e que praticava pequenos roubos para se alimentar, criando temor nos moradores. Levou a polícia a tentar prendê-lo e que numa das perseguições foi ferido e morto.
Esses casos do Rastilho são muito conhecidos pelos que moram na Zona Rural de Jaguarão, mais precisamente na 2ª Zona, ou 2º Distrito, em Santana, já na cidade, muitos não conhecem. O Senhor Nestor Silva há alguns anos atrás relatou dizendo que trabalhou com o Negro Rastilho quando iniciou a Granja São Gabriel e que regulavam de idade, 16 a 17 anos. A primeira surpresa começou quando num fim de semana, jogavam uma pelada de futebol e que lá pelas tantas estavam no intervalo do jogo, fumando, quando Rastilho fez uma proposta: Se vocês me derem uma carteira de cigarros, eu abro o cadeado da cantina da granja. Eles aceitaram a proposta de Rastilho. Batendo de costas, as portas se abriram sem ofender o cadeado, só com o poder do pensamento.
Essa atitude ele praticou várias vezes quando estava sem cigarro e encontrasse alguém que duvidasse. Os espertos sempre aparecem. Logo, logo, apareceram os vivaldinos que se fazendo de amigos, incitavam o Rastilho a abrir outras portas para roubarem, aterrorizando a população. Rastilho foi morto e enterrado no mesmo local, propriedade do Sr. Hélio Silveira. Com o protesto do proprietário do campo, o Dr. Mirabeau Pacheco Baltar se ofereceu a fazer um túmulo em sua fazenda e levar os ossos do Rastilho para lá. É em estilo capela com um funil no topo, onde as pessoas colocam cachaça para o interior, diretamente sobre os ossos. É diferente das demais oferendas a outros milagrosos onde as bebidas são postas fechadas ou derramadas no chão. Existem várias placas no túmulo.
Placa Central: RAMÃO MACHADO – NEGRO RASTILHO – FALECIDO EM 13.07.1945.
Existem outras placas, com pedidos, oferendas e o nome dos beneficiados.
Certa vez, o Dr. Mirabeau estava com uma lavoura perdida quando fez uma promessa para o Rastilho, salvando toda plantação. O seu Nestor diz que tem muita crença no Rastilho e que toda vez que toma uma cachaça não derrama num canto da sala como fazem para os demais santos. Ele bebe e o Rastilho bebe com ele. Conta também que o Rastilho sendo, uma vez, perseguido pela polícia, tirou o cinto da cintura, colocou no pescoço de um cavalo xucro e este não corcoveou levando-o até a 2ª Zona. Quando seu Nestor esteve com problema na próstata, fez promessa e foi salvo.
Um empregado da estância, metido a esperto costumava tomar as cachaças das oferendas, sempre prometendo que iria devolver em dobro. Resultado: morreu louco. Um operário, desacorçoado por não receber seus salários, fez uma promessa que se recebesse iria colocar doze garrafas de cachaça no túmulo. Para sua surpresa, ao chegar na sua casa, as luzes dos tratores começaram a piscar misteriosamente e na mesma hora chegou o patrão que deu seu salário além do esperado.



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